Por Claudio Galeno-Ibaceta sobre la interacción del arte con la arquitectura, desde Antofagasta y el Norte Grande de Chile. By Claudio Galeno-Ibaceta about the interaction between art and architecture, from Antofagasta and the Large North of Chile.
1.3.12
La inminencia de las poéticas: XXX Bienal de Arte de São Paulo
Entre el 7 de septiembre y el 9 de diciembre de 2012 se llevará a cabo la XXX Bienal de Arte de São Paulo denominada "La inminencia de las poéticas". El comisario o curador principal es el venezolano Luis Pérez-Oramas (comisario de arte latinoamericano del MoMA de New York), el cual está trabajando con dos curadores asociados: el artista brasileño (de Rio Grande do Sul) André Severo y el aleman Tobi Maier, además participa como curadora asistente Isabela Vilanueva.
La Fundación Bienal de São Paulo ha publicado información sobre el evento:
"A definição dos nomes que estarão presentes na seleção se fundamentará num conceito curatorial que leva em conta as relações de sentido entre as obras, como se gravitassem em torno de temas ou linguagens que lhe dessem afinidade. “Numa seleção linear só interessam os nomes. Para a 30ª Bienal as relações de sentido são mais importantes que os nomes e as estruturas de relacionamento e de vinculação, como se fossem constelações, que direcionam o processo de seleção”, esclarece Oramas.
As participações na 30ª Bienal se darão por três maneiras: artistas comissionados, com obras criadas especialmente para a mostra, monografias, de artistas cuja produção inteira tem um enorme sentido na produção contemporânea e os contrapontos, muitas vezes históricos, que articulam as relações constelares.
A iminência das poéticas
A 30ª Bienal terá como motivo central A iminência das poéticas. “A iminência definida como o que está a ponto de acontecer, a palavra na ponta da língua, o silêncio imprevisto que antecede a decisão de falar ou de não falar, a arte como estratégia discursiva e a poética em sua pluralidade e multiplicidade”, traduz o curador.
A concepção da próxima Bienal parte desse motivo e utiliza como filtros para localização das constelações quatro zonas curatoriais (Alterformas, Derivas, Sobrevivências e Vozes) e uma zona transversal (Reverso), como forma de articular os artistas e temas que vão compor o quadro geral da mostra. Veja a definição dos curadores para esses filtros conceituais:
Sobrevivências
A noção de sobrevivência permite o pensamento sobre a seleção de artistas e obras referenciais, a partir dos quais os artistas contemporâneos convidados poderão interagir no sentido de desenhar um campo histórico comum. Segundo a curadoria, sobrevivência atua fundamentalmente através da inscrição de formas e práticas constituídas em âmbitos de vida e de temporalidades distantes (no tempo e/ou no espaço), tornando possível a transição entre elas e a experiência humana do presente.
Alterformas
Complementando as questões conceituais propostas em Sobrevivências, a curadoria da 30ª Bienal pretende criar uma segunda zona curatorial para a seleção de artistas e práticas – neste caso mais contemporâneos. Esta zona será trabalhada a partir da pista oferecida pela manifestação de alterformas ou deformações – entendendo-se por isto a interpretação de obras como lugares da “transformação seletiva” que consciente ou inconscientemente, voluntária ou involuntariamente, os artistas realizam dentro do campo instituído em suas próprias práticas. Um segmento a ser desenhado dentro de Alterformas consistirá em traçar o estado atual, na América Latina, das releituras deformantes da modernidade. Outro segmento deverá ser instituído a partir de uma interrogação sobre “o estado dos meios artísticos”: os sobejos da pintura, da gravura, da poesia, da teoria, do cinema, da literatura, do teatro e da fotografia, em um tempo caracterizado pelo monopólio da imagem como meio e como arte-meio.
Derivas
A ideia de deriva configura-se como uma noção chave dentro do quadro conceitual da 30ª Bienal. Entretanto, menos do que traçar uma história das derivas artísticas modernas, o interesse está em tratar a deriva a partir das potencialidades de seu aparato enunciativo – a arte como deriva, a deriva como prática artística, como ação estética e social; o nomadismo como metodologia para desestabilizar a disciplina artística e para pensar a ocupação humana de territórios e espaços. Conjugado com Sobrevivências e Alterformas, a curadoria pretende, a partir de certas derivações da modernidade (encarnadas, sobretudo, nos artistas referenciais presentes na mostra) propor um conjunto de formas alteradas, restos, deformações, nas quais a residualidade dos meios, sua hibridação e sua marginalidade – seu estar na margem ou em um “entre-margens” – possa ser entendido como desvio, como deriva das formas, das linguagens e das imagens, tanto no campo da arte como na constelação de novos espaços que as tecnologias da informação e a digitalização tornam possíveis.
Vozes
Considerada como um “zona entre zonas” dentro do quadro conceitual da 30ª Bienal , Vozes manifesta-se explicitamente através de obras em que a voz prevalece em suas vinculações com a dimensão performativa da arte e com o material fônico (som, rádio, música etc.) e pretende levantar interrogações sobre de que maneiras se dão, hoje, as relações entre poéticas visuais e poéticas discursivas ou verbais. Pensando a voz como matéria plástica e artística em todas suas vertentes e possibilidades, Vozes atravessa Sobrevivências, Alterformas e Derivas e deverá configurar-se como a principal extensão da mostra na cidade de São Paulo (sobretudo através de uma unidade radiofônica a ser construída dentro da mostra). Estabelecendo uma ponte entre a noção de voz e as mais variadas dimensões performativas da arte contemporânea (passando pelas conotações que esta possibilidade abre para introduzir a voz de outros, a alteridade da voz em suas mais variadas manifestações), Vozes abre, para os curadores da 30ª Bienal de São Paulo, a possibilidade de pensar e organizar curatorialmente uma presença da voz dos espectadores (ou interlocutores) por meio da ativação de dispositivos de diálogo presentes na mostra ou nas plataformas virtuais da Bienal.
Reverso
Tratada conceitualmente como uma zona transversal aos componentes expositivos da mostra, Reverso é uma espécie de plataforma nômade que abraça, desde sua elaboração, todos os elementos curatoriais do projeto da 30ª Bienal e os estende para a cidade. Abarcando desde os encontros preliminares da equipe curatorial com instituições, artistas e pensadores contatados durante todo o período de elaboração conceitual da 30ª Bienal, Reverso deverá materializar-se através de intervenções urbanas, mostras em parceria com outras instituições estabelecidas na cidade de São Paulo e mostras de filmes, apresentações teatrais e musicais encomendadas a artistas locais e/ou internacionais. Instaurando-se como uma forma de estender e potencializar o evento realizado no pavilhão localizado no Parque Ibirapuera, Reverso pretende constituir-se como uma possibilidade de desenvolver um diálogo aberto e não específico entre a 30ª Bienal, o público, as instituições e os demais agentes culturais e sociais atuantes na cidade."
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