Una de las singularidades de esta XXX Bienal de São Paulo, es la inclusión de artistas de la historia reciente del arte contemporáneo, bajo el concepto de "arqueología inmediata" del arte.
Estos artistas de la historia reciente que etán en la muestra, son: Allan Kaprow (1927-2006), Alair Gomes (1921-1992), Absalon (1964-1993), Alfredo Cortina (1903-1988), Anna Oppermann (1940-1993), Arthur Bispo do Rosário (1909/1911-1989), August Sander (1876-1964), Bas Jan Ader (1942-1975), Bruno Munari (1907-1998), Charlotte Posenenske (1930-1985), Fernand Deligny (1913-1996), Horst Ademeit (1937-2010), Ian Hamilton Finlay (1925-2006), Mark Morrisroe (1959-1989), Maryanne Amacher (1938-2009), Patrick Jolley (1966-2012), Robert Filliou (1926-1987), Robert Smithson (1938-1973), Roberto Obregón (1946-2003), Waldemar Cordeiro (1925-1973), y entre ellos el poeta Juan Luis Martínez (1942-1993), uno de los cuatro chilenos presentes en la muestra junto con la Ciudad Abierta, Diego Maquieira y Sandra Vásquez de la Horra.
Juan Luis Martínez, nació en Valparaíso y falleció en Villa Alemana. Ha sido un referente en cuanto poesía visual. Como dice la biografía de la página de la Bienal:
"Las obras de Juan Luis Martinez son una invitación para que el lector y el espectador abandone el cuerpo de referencias que se utilizan normalmente para comprender el mundo. Sus poemas visuales son como collages en los cuales significado y significante se separan - muchas veces asumiendo nuevas conotaciones. En sus trabajos, el lenguaje no cristaliza el universo y el conocimiento, pero funciona como un conjunto de significados en constante transformación y que a veces son ausentes e inaccesibles, susceptibles a diversas intrepretaciones y a la vulnerabilidad del saber."
Sobre Martínez, el sitio Memoria Chilena tiene una extensa presentación sobre su vida y obra, que lo define como "el secreto mejor guardado de la poesía chilena".
Juan Luis Martínez.
Sobre la idea de los artistas de la historia reciente, un artículo de la Folha de São Paulo.
Bienal de São Paulo: Forte presença de gerações passadas revela opção por "arqueologia imediata"
Dos 111 artistas da Bienal, nada menos que 21, quase 20% do total, já estão mortos.
A opção por artistas de gerações passadas é o que o curador Luis Pérez-Oramas chama de "arqueologia imediata", que ele define como o entendimento, a partir da produção
contemporânea, da pertinência de uma produção passada imediata.
Nesse grupo estão nomes como os brasileiros Arthur Bispo do Rosário, Alair Gomes e Waldemar Cordeiro ou os estrangeiros Fernand Deligny, Allan Kaprow, Robert Smithson e Absalon.
Fernand Deligny.
Deligny é exemplar: não se trata de um artista, mas de um educador francês especializado em crianças autistas. A partir do cotidiano delas, ele traçava desenhos que ditavam seus percursos na clínica onde trabalhava.
Sua obra influenciou intelectuais como o filósofo Gilles Deleuze (1925-1995), que se inspirou em Deligny para criar o conceito de rizoma, fundamental em seu pensamento.
Na Bienal, estão expostos 80 desenhos de Deligny, o maior conjunto já exibido publicamente, incorporando-o ao sistema da arte, o que já ocorre com Bispo do Rosário há mais de uma década.
Esses artistas ganham o caráter histórico que tem, por exemplo, o americano Kaprow, um dos precursores da performance e criador, em 1959, do termo "happening": uma ação que "acontece por acontecer".
Robert Smithson.
Outro americano histórico é Smithson, reconhecido por criar os "Earthworks", obras que intervinham em paisagens remotas, como o icônico "Spiral Jetty", de 1970, uma imensa espiral de barro, cristais e rochas de basalto, num lago em Utah (EUA).
Registros de suas obras estão no Museu de Arte Brasileira da Faap, uma das sedes da Bienal fora do pavilhão.
Um dos artistas que Pérez-Oramas ressalta no segmento é o colombiano Roberto Obregón, que por 30 anos realizou uma obra obsessivamente baseada em rosas.
Entre os brasileiros, Cordeiro é o histórico por excelência. Passando pela arte concreta, dedicou-se à arte eletrônica e ao paisagismo.
Do lado de fora do pavilhão foi reerguido um labirinto que Cordeiro projetou para o parque infantil do clube Espéria, em São Paulo, há 46 anos. (FABIO CYPRIANO)
Waldemar Cordeiro.
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